Para ajudar você a fazer sua parte para melhorar o ambiente em que vive e economizar combustível, separamos oito provas reais do que você não deve fazer andando com seu carro. Entre elas, rodamos em diversas situações, desde um inocente almoço com os amigos até a saída para as férias. Todas em situações idênticas de tráfego.
O Fiat Mille Economy, carro escolhido para este teste, rodou por 4 km em cada uma delas, em um tempo que não ultrapassasse os 3min45. As trocas de marchas ocorriam sempre na mesma velocidade, cuidando para que o carro chegasse aos 80 km/h antes dos 30s iniciais. Depois, mantinha-se essa velocidade constante durante o trecho, desacelerando apenas a 100 m da linha final. Por fim, descobrimos que o pior inimigo do planeta está mesmo atrás do volante.
O Fiat Mille Economy, carro escolhido para este teste, rodou por 4 km em cada uma delas, em um tempo que não ultrapassasse os 3min45. As trocas de marchas ocorriam sempre na mesma velocidade, cuidando para que o carro chegasse aos 80 km/h antes dos 30s iniciais. Depois, mantinha-se essa velocidade constante durante o trecho, desacelerando apenas a 100 m da linha final. Por fim, descobrimos que o pior inimigo do planeta está mesmo atrás do volante.
1) Carro apenas com o motorista: 14,93 km/l (Consumo de referência)
Primeira parte do teste. Essa foi a referência para medir o quanto a situação de má regulagem, calibração de pneus fora dos padrões e excesso de peso acarretariam ao consumo de combustível. Fizemos três passagens, em que o consumo de combustível, nessa situação, marcou 0,2678 ml de álcool nos 4 km rodados pelo equipamento PLU. Menos que uma lata de refrigerante. Assim, a média de consumo foi de 14,93 km/l. Não foi uma tentativa de conseguir o melhor dos números, e sim algo dentro de uma perspectiva normal de trânsito. A volta foi feita em 3min34s, o que resultou em uma média de 71,94 km/h durante o percurso completo. Passando de 1ª para 2ª marcha a 20 km/h, para 3ª a 40 km/h, para a 4ª a 60 km/l e para a 5ª a 80 km/h, chegamos à velocidade constante para o trajeto em 24s. Esse foi considerado o limite mínimo para que o carro atingisse os 80 km/h nas outras situações (30s o máximo). Rodamos com pneus calibrados para rodar sem carga, como faria o cidadão comum, com 26 libras de pressão em cada. Os vidros estavam fechados, assim como as entradas de ar no habitáculo e os faróis desligados. De sobrepeso só os 105 kg do motorista; no entanto, o carro rodou em todas as situações sem estepe (aprox. 12 kg).
2) Vidros abertos: 13,98 km/l (Consumo piora 6,4%)
Aqui se sente a importância da aerodinâmica em um carro, mesmo que ele não tenha um projeto atual, caso do Mille, que tem um coeficiente aerodinâmico (que qualifica a força de resistência do ar na superfície analisada) de 0,34. O ocorre nesse caso é que a superfície com os vidros abertos deixa de ser lisa, sendo assim, o carro tem de fazer mais força para “atravessar” o ar, sem a mesma fluência. Além disso, o ar entra no habitáculo e forma uma espécie de pára-veículo. É claro que em dias de calor, fica difícil andar com os ar-condicionado, mas em trechos rodoviários é bom evitar. Com o tanque de litros do Mille, você rodaria 47 km a menos em uma viagem.
3) Pneus murchos: 13,45 km/l (Consumo piora 8%)
Esse é o verdadeiro “câncer” do consumo, não pela porcentagem de aumento, mas sim pela freqüência com que ocorre. Experimente ir até a garagem da sua casa, do trabalho ou de onde você estiver agora e meça a pressão dos pneus dos carros à sua volta. É assustador como se esquecem deles. Vale lembrar que os pneus são a única fronteira entre seu carro e o asfalto e que toda a tecnologia empregada de nada adianta se eles estiverem fora da recomendação. ABS, ESP, EBD, controles de tração e até os veículos ecologicamente corretos perdem eficiência com os compostos “se arrastando” pelo caminho. Com os pneus pressurizados com apenas 20 libras, o consumo caiu 1,52 km/l. O que faria você rodar 76 km a menos com um tanque do Mille Economy.
4) Carregado com 100 kg de bagagem: 13,74 km/l (Consumo piora 8%)
Em uma situação de viagem, consideramos que a família inteira já esteja esperando-o lá na praia e você vai levar a bugiganga do pessoal sozinho. Roupas, mantimentos, calçados, guarda sol, entre outros, podem chegar a mais de 100 kg de peso.Obviamente, o carro, além de precisar de mais força para sair da inércia, terá de acelerar mais para se manter em determinada velocidade – no caso, os 80 km/h. Nessa situação do teste, os pneus não foram calibrados para rodar com a carga extra de 205 kg, (105 kg do motorista e 100 kg de bagagem) e é aí que está uma das soluções que podem reduzir o consumo. Basta calibrar os pneus para a carga máxima, com 31 libras nos dianteiros e traseiros. Diminuiria o prejuízo, em parte. Até que os 8% ficaram abaixo das expectativas, graças ao bom torque em baixa do Mille Economy e pelo fato de a velocidade alcançada ser mais baixa que o limite da maioria das rodovias.
5) Faróis ligados: 14,54 km/l (Consumo piora 2,6%)
Ironicamente, uma medida de segurança para rodar em trânsito urbano faz com que seu carro consuma mais combustível. A explicação fica por conta da força extra que o alternador faz para carregar a bateria e manter os faróis ligados. Como ele está fazendo força para girar, fica mais pesado e ainda faz o motor trabalhar uma querela a mais para ajudá-lo no trabalho elétrico. A diferença é irrisória, mais em um ano, com um carro que emita 100 g CO2/km e rode 20.000 km, serão 52 kg de dióxido de carbono a mais na atmosfera e rodará 19,5 km a menos com um tanque de álcool.
6) Cinco ocupantes: 12,96 km/l (Consumo piora 13,2%)
Segundo o manual de instruções do Mille Economy, a carga total que o carro suporta, incluindo o motorista, é de 400 kg. Colocamos mais quatro passageiros e chegamos aos 398 kg de peso para ver como o carro se comportaria calibrado com 26 libras, que é a especificação ideal divulgada pela Fiat com carga média. Ou vai dizer que você, quando enche o carro de gente para em um posto para recalibrar os pneus? Mesmo que seja a caminho de um simples almoço no meio da semana? Conta outra. Assim, o carro não passou dos 13 km/l, fez a volta em 3min42s e demorou 28s para atingir os 80 km/h de velocidade. Vale lembrar que andar com cinco ocupantes do porte dos “nossos”, às vezes, pode ser inevitável. Assim, o melhor a fazer é, na medida do possível, aliviar o pé do acelerador.
7) Cinco ocupantes, faróis acesos e vidros abertos: 11,55 km/l (Consumo piora 22,6%)
Quem nunca viu um Uno Mille nas estradas do país “arriado”, com cinco pessoas dentro mais a bagagem? Pois é, principalmente nas férias de fim de ano, boa parte dos motoristas faz do carro o tipo “coração de mãe”, onde sempre cabe mais um – e mais coisas também. As especificações técnicas, como o limite de 400 kg de peso que o carro pode deslocar ficam restritas apenas ao manual. Nessa situação real e, infelizmente, corriqueira das férias, rodamos com exatos 498 kg de peso. O resultado foi grave: 2,38 km rodados a menos por litro. Com isso, a autonomia do Mille cairia drasticamente. Você teria de reabastecer o tanque 119 km antes do que se estivesse em condições normais de uso. Considerando que o litro do álcool custa, em média R$ 1,30, o custo da viagem passa de R$ 0,08/km rodado para R$ 0,10 /km rodado. Isso dá R$ 10 a cada 500 km.
8) Volta rápida: 5,8 km/l (Consumo piora 61,2%)
Nada é mais nocivo para o futuro do planeta do que acelerar demais. E essa culpa você tem de assumir. O teste foi feito sem preocupação alguma com os padrões de velocidade e trocas de marcha estabelecidas como padrão do teste. Aqui, a regra era acelerar até a injeção cortar a alimentação ao final de cada marcha. A volta foi cumprida em 2min20s, com uma média de 111 km/h. Assim, o consumo caiu mais de 60%. O que, traduzindo, indica que os 50 litros de álcool durariam exatamente 290 km. Já cada quilômetro rodado sairia R$ 0,22. Rodando assim, durante um ano, você “contribuiria” com 1,2 t a mais de CO2 no ar.
Fonte: Midianews
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